Hoje é o seu dia ... o primeiro aniversário depois de ter partido ...
um dia em que sinto um nó na garganta e um aperto no peito ...
são saudades ... muitas ...
esteja onde estiver, que passe bem este dia ...
que nós aqui estamos consigo ...
Feliz Aniversário ...
beijinho com muito amor e um abracinho com muita ternura ...
1 comentário:
Custa tanto, não custa, querida Sofia?
O primeiro aniversário passado sem a Avó é tão vazio... O dia não passa... E passamo-lo a recordar o último aniversário em que a tivemos...
Tantas saudades deves ter dela, sofia.
Leio-te e sinto-te na perfeição...
Sabes... um segredo: as Avós nunca partem. Chego a essa conclusão porque a minha está sempre comigo, mesmo quando choro por ela, mesmo quando renego a sua morte, mesmo quando me revolto por não a ter cá.
Dizem (os que não entendem esta minha negação, que sei ser temporária) que a deveria deixar partir... Que eu estaria mais tranquila no coração se a deixasse partir de mim, que a minha saudade e dor seriam boas...
Oh Sofia... desde quando há dor boa? Saudade da boa? O que é isso?
saudade é querer ter connosco alguém que, por algum momento, viveu em nós...
Que bom que não deixei, ainda, a minha Avó partir... Nestes últimos tempos tem-me feito um grande jeitinho ela estar ainda na ponta da minha língua... A chorar e a olhar para o céu, sinto que lhe grito o nome e peço ajuda mais alto do que se já estivesse a ter a saudade da boa (odeio esta expressão)...
E se a tivesse deixado partir, não lhe sentiria os sinais tão próximos, como que a dizer-me que tudo está bem, que tudo vai ficar bem, que está comigo. Olho o céu e sinto-a. algum dia a poderei deixar "partir"? Credo.
a vida deu-me uma forte chapada há tempios, Sofia. E é na minha Avó que me tenho encostado... E que bem me sabe o colinho dela... Quando, à noite, olho para o céu... E a sinto acariciar-me o cabelo, como ela fazia quando eu era pequenina... E parece que me acalmo um pouco mais...
Sente sempre a tua, amiga.
Sofia, deixo-te um beijinho grande.
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